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Em Pedaços

 

 

Olham-se cúmplices chega a hora,

Rodeiam-me sem demora

Que conspiração sem fim!

 

Vêm todas em segredo

Com as tesouras sem medo

Cortar o que resta de mim...

 

Levam-me a capa rua fora,

Perdi o tacão, piora

Rasgam roupa sem parar

 

Mas as histórias de saudade,

Os cantos desta cidade

Ninguém me pode rasgar.

 

Não sinto o pulso,

Eu que vestia a preceito

Já me rebentou o peito

Estou sem casa nem botão.

 

Corro em círculos..

Já não há nenhum respeito

Da minha capa que é feito?

Lá se vai a tradição

 

Num momento de fraqueza

Apanho a capa de surpresa

E respiro aliviada.

 

Fazem dos retalhos magia

E no encanto da sangria

Está Coimbra enamorada!
 

Fica o negro a esvoaçar

Na Rua Larga de encantar

Para o turista que passa...

 

E vestida só de emoções

Deixo em Pedaços canções

Desta tuna que me abraça!

(Refrão)

 

Ainda ontem te conheci Mondego

Viste meu primeiro traçar...

Tantos sonhos, e segredos.

Coimbra, como te vou deixar?

 

Não sinto o pulso,

Eu que vestia a preceito

Já me rebentou o peito

Estou sem casa nem botão.

 

Corro em círculos..

Já não há nenhum respeito

Da minha capa que é feito?

Lá se vai a tradição

 

Não sinto o pulso,

Eu que vestia a preceito

Já me rebentou o peito

Estou sem casa nem botão.

 

Corro em círculos..

Já não há nenhum respeito

Da minha capa que é feito?

Ai se eu vos ponho a mão...

Em Pedaços
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